Escritos da Vida..!!O meu Blogue resulta do encontro de diversas matizes que vão colorindo o céu por onde navego... são Momentos de Partilha... com Amor... «Sentir, sinta quem lê» - é certo. (....) » Antes mesmo de ser feliz precisamos perceber que para ser feliz não precisa da outra pessoa. Quando gostamos unicamente de nós mesmo podemos compartilhar esse desejo com outra pessoa Primeiro nos amamos depois compartilhamos nossos desejos com qualquer alguém.....
QUERO ESTAR AQUI...!!!
Quero estar aqui pra tanta gente...! Quero acender um sorriso em cada olhar! E onde eu passar, quero ter esse poder de transformar tristeza em festa, curar dores, enterrar nostalgias, acordar esperanças, iluminar sonhos... Fazer da minha Vida um pouco de PAZ para alguém!!!
MusaMisteriosa
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Natal?!?
Infelizmente a palavra Natal não passa de um lugar comum, como os dias de "qualquer coisa" espalhados pelos 365 dias do ano.
O Natal já existia quando eu nasci. Lembro-me de ver em minha casa toda a doçaria alusiva a esta época, como nas festas de aniversário, e também presentes. Havia em mim, algo que sempre faltou e que eu nunca entendi o quê!?! Faltou-me sempre o encanto que todos viam no Natal. Até que chegou a idade de querer saber a razão funda das coisas. Saí para a rua, onde as pessoas compravam e vendiam presentes envolvidos em papéis de muitas cores. Mas os que compravam e vendiam não souberam dizer-me o que desejavam. Falaram-me de como tinham de correr muito nessa época do ano; falaram-me de números e das poupanças que tinham feito; do seu esforço e de como a vida não estava boa para dar prendas. Nada sabiam acerca do Natal. Deixei-as nas suas absurdas correrias e continuei a procurar. Nas ruas, as luzes não passam de técnica comercial e, no fundo, tudo está muito escuro. E relembro as famílias, lembrando-me de como, em pequena, o Natal me rodeava de um vazio mesmo quando estava com os meus. E vejo como as famílias se continuam a juntar. E como continuam a caber muitos numa casa pequenina. Mas ficavam sentados, passando o tempo em frente da televisão. Há monossílabos e gritos. E compreendo agora que é apenas por hábito que muitas delas se reúnem. Parece-me que perderam o Natal, conservando somente a roupagem do Natal. É como se houvesse o embrulho bonito do presente, mas sem presente dentro.
Foi só quando já não sabia onde procurar que tive a minha resposta. Os meus passos vagabundos levaram-me até onde se juntam aqueles que sabem de dores. Aqueles que têm um sonho grande e umas mãos pequenas, e sofrem por não serem capazes de o concretizar. Há cegos e alguns que, vendo, desejavam ver de um outro modo. Não sei contar todos os casos, mas posso dizer que vejo uma oração nos lábios de cada um deles; nos olhos de cada um, uma lágrima e, simultaneamente, um brilho de esperança. E compreendi: o Natal é só de quem há muito espera. De quem ainda não se cansou de esperar. É só de quem sonhou além das coisas e se vê ainda muito longe. É de quem tem chorado. De quem olha para dentro de si mesmo e sente medo. De quem não encontrou ainda o seu consolo. O Natal existe apenas onde existe a falta. Nós, que temos tudo, que pensamos que temos tudo, sofremos da terrível pobreza de não sabermos sequer que somos pobres.
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